Le Hameau de la Reine – A contribuição da rainha a Versalhes
Le Hameau de la Reine – A contribuição da rainha a Versalhes
Le
Hameau de la Reine cuja tradução literal do francês se caracteriza como aldeia
da rainha faz alusão a Marie Antoinette que a história póstuma se restringiu a
tratar como uma frívola perdulária, isto é, como uma alienada estrangeira que
perdura em sua existência notívaga devido ao púrpuro regalo de Dionísio que se
entremeia a fugazes e ardentes paixões que fervem a mundana alma de uma mênade
tão indistinta, mas que o proeminente casamento maldito faz com que ascenda
como uma cintilante estrela incorporando-se em uma constelação em uma tétrica
narrativa que se assemelha ao vetusto desfecho de Orfeu que outrossim é
imortalizado na divina tela celeste, tudo em prol de uma insigne homenagem,
conquanto aparente que somente perpetue na morte o fardo com que penaram em
vida.
No
entanto, caso a rainha Marie Antoinette seja interpretada como a intriguista
rainha coquete cujo fascínio pela faustosa rotina catalisa, mas
concomitantemente retarda a Revolução Francesa, logo existe uma grave incongruência
no le Hameau de la Reine.
Afinal,
convenhamos que é ambíguo e irônico que a maior contribuição pessoal da Marie
Antoinette para Versalhes seja tão divergente do próprio palácio, talvez porque
ele sempre tenha sido a gaiola dourada em que foi trancafiada na tenra puerícia
de que usufruía aos 14 anos.
Sendo
assim, é compreensível que a fidedignidade seja corrompida por uma visão
romantizada da campestre realidade interiorana. Ademais, é crucial que haja uma
percepção de que le Hameau de la Reine, por fim, é idealizado como um
reconfortante retiro íntimo.
Consequentemente,
a autêntica rusticidade concernente ao genuíno contexto campônio é olvidada em
benefício do conforto algo que deveras se enfatiza no âmago da residência régia
onde a mármore reveste tudo sendo igualmente o receptáculo para o ataviado
mobiliário que, por vezes, é ricamente esbelto, contudo também unicamente
recreativo como o bilhar.
Mesmo
assim, o vivaz quadro do pintor romântico Hubert Robert que o arquiteto Richard
Mique se empenha para transfigurar até se consagrar como tangível ainda é um
tributo ao estereótipo de uma vila provinciana, aliás, até em virtude do
caráter abrangente da proeza é tão árduo discernir uma influência linear.
Além
disso, é notável o esmero em cada pormenor exemplificado, por exemplo, no
esforço que denota imprimir rachaduras e fendas em tijolos e vigas em uma audaz
tentativa de ludibriar Cronos, ou mesmo, os 1000 vasos de alva porcelana com o
monograma azul da rainha que são distribuídos conjuntamente com sarapintadas
flores que conferem pinceladas coloridas e uma bem-vinda contingência ao
formoso quadro.
Adorei!!!
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ExcluirUm lugar único no mundo, obrigado por me apresentar!
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ExcluirImpressionante como esta joia é pouco divulgada, mas feliz por, enfim conhecer
ResponderExcluirRealmente é encantadora
Excluir👏👏👏
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ExcluirParabéns, escritora Victoria!!!
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ExcluirAmando cada detalhe sobre essa amada rainha
ResponderExcluirEstou fascinada por me debruçar novamente em sua história
Excluir👏👏👏
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ExcluirDetalhista e intrigante como sempre!
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ExcluirTop
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ExcluirParabéns
ResponderExcluirMuito obrigado
ExcluirLindo maravilhoso
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