Paris para mim – A praça dos três nomes
Paris para mim – A praça dos três nomes
Paris, talvez como nenhum outro lugar existente na excêntrica
humanidade, está passível as caprichosas metamorfoses do volúvel destino que
elege três juízes para superintendê-lo aos moldes do Submundo em que Minos,
Éaco, Radamento, todos reis e semideuses que, após lograr triunfos e tormentos
em vida são sábios e expeditos o bastante para julgar em morte o outrem.
Ao passo que, os árbitros terrenos
penam para conquistar tal primazia, porque enquanto o tempo é imparcial e a
natureza pragmática, logo o homem se revela intempestivo conduzindo a
humanidade com rédeas curtas e uma enfática propensão a desconsiderar todas as
carruagens posteriores, pois ele é essencialmente um pertinaz déspota ao invés
de um sensato guia, ou seja, bem como Faetonte manejamos o mais precioso
patrimônio acrônico da mesma forma que um imaturo petiz brinca com um mero
joguete.
Quiçá, esteja cá a preponderante
causa de todos os males que assolam o mundo, porque escancaramos a Caixa de
Pandora buscando uma joia ordinária, todavia nunca nos incumbimos de remediar
todos os dilemas subsequentes. No entanto, somente nos restringimos a antepor
alguma bifurcação ou enveredar por atalhos sinuosos da mesma maneira que inábil
para subjugar a realidade, pelo menos, a nomeamos de algo para que se faça mais
inteligível. Tendo em consideração, que não somos aptos para preconizar cada
abrupto desvio, logo nos devotamos a tal designação histórica.
Ela é comumente conhecida como os
renomados períodos históricos os quais a França sempre entrajou para persistir
sendo o mais almejado arquétipo em voga, aliás, até já costurando uma andrajosa
vestimenta tricolor que coage todo o universo a vestir. Consequentemente, é
recorrente que Paris seja a incipiente ideia a prorromper na consciência,
quando se delonga sobre o aristocrático pretérito europeu ou mesmo na saudosa
Bela Época.
Não obstante, mesmo que toda Paris
seja singularmente receptível a transformação vigorante, creio que seja
precisamente a praça dos três nomes que melhor represente e compendie o
vanguardista caráter francês que compactua com tudo que não seja retrógrado.
Aliás, saliento que tal nomenclatura supramencionada se resume a um epíteto abrangente
da mesma forma que intitulamos apenas de Hécate a formosa deusa que se desdobra
em três faces, malgrado essa meritória praça ainda seja mais renomada, quando
evocada em seus próprios nomes distintos, já que ela é uma espécie de indicador
temporal que se readequa segundo o transcorrer da evolução mundana desprezando o
usual tempo de Cronos.
Ela foi a Praça Louis XV, mas também
a Praça da Revolução e agora é popularmente conhecida como Praça da Concórdia
algo irônico, quando se rememora de todo o seu sanguinolento passado. Em suma,
é um valhacouto contraditório, porque somos inerentemente contraditórios, por
isso em um mesmo espaço faustoso sucedem tantas discrepâncias, afinal na mesma
praça já houve ou há uma régia estátua equestre, um milenar obelisco egípcio e
até a mais relevante guilhotina francesa, além de diversos acontecimentos
emblemáticos que adorarei tardiamente me aprofundar.
Na realidade, ela sintetiza todas as glórias e hipocrisias que formam a silhueta humana, tendo em consideração que até a mais enobrecedora empreitada pode se transformar em um massacre frente ao desleixo moral do homem como prudentemente pondera a Madame Roland cujo prestígio na Revolução Francesa não impede que ela seja trucidada por ela, portanto ela só divaga a seguinte sentença, enquanto a sedenta lâmina resplandecente da guilhotina despenca em queda livre. ‘’ Ó liberdade, quantos crimes se cometem em teu nome! ‘’.
Supreendente, é impressionante o quanto de histórias que se acumulam em uma cidade e a escritora Victoria sempre traz as melhores!
ResponderExcluirMuito feliz por transmitir toda a admiração que nutro por Paris!
ExcluirParabéns, envolvente e interessante
ResponderExcluirGrata!
ExcluirCada dia mais encantado com cada postagem, não perco uma
ResponderExcluir❤️
Excluir👏 👏 👏
ResponderExcluir❤️
ExcluirShow!!!
ResponderExcluir❤️
ExcluirAmei!
ResponderExcluir❤️
ExcluirUm monumento conhecido, mas resumido só a ponto turístico. Parabéns escritora penso que agora lhe deu o devido valor
ResponderExcluir❤️
ExcluirConhecendo Paris
ResponderExcluirParabéns
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