Budapeste – Champs-Élysées Húngaro

 Budapeste – Champs-Élysées Húngaro 

                   Como já supramencionado, Budapeste é essencialmente uma amálgama seja entre a própria Buda ou Peste que lhe compõem ou mesmo entre o passado e o futuro que congraçam para o consolidar de um próspero presente.

            Sendo assim, conquanto haja esplendorosos monumentos para suprir majestosamente cada faceta do rosto altivo da vetusta Budapeste, também existem deslumbrantes construções que ao mesclar tudo não se delimitam a qualquer paradigma, contudo se atrevem a ser singular. Porque, embora ainda haja Buda e Peste, por fim, tudo se sintetiza em Budapeste.

            Quando, se discorre acerca da congênita identidade da capital húngara principalmente no que tange a harmônica união de todas as suas nuances, logo prorrompe a Andrássy que é hábil para simbolizar uma avenida que costura os divergentes andrajos que constituem a sublime cidade.

            Ela é uma requintada bulevar que devido à sofisticação sarapintada entre lojas de luxo, prédios históricos e árvores esmeradamente frondosas para servirem como relógio para a estação do ano vigente, logo remete a algo como a Champs-Élysées da Hungria, ou seja, certamente transcende uma mera passagem pragmática sendo um ponto turístico imprescindível. Assim como, a emblemática praça com que se depara, após findar a Andrássy.

A Praça dos Heróis é ornamentada com o Memorial do Milênio erigido para homenagear os mil anos da Hungria, isto é, mais do que suntuosas colunas em estilo greco-romana circundando uma imponente estátua alterosa, tudo se trata de uma artística representação da milenar história que almejam condecorar o que lhe transforma em algo ainda mais esbelto.

            Tendo isso em vista, os mais proeminentes reis da Hungria ressurgem na frígida mármore para acalentar o coração disperso do transeunte, bem como os sete chefes tribais que outrora fundaram Budapeste, enquanto o Arcanjo Gabriel repousa na elevada escultura central para zelar pelos famigerados governantes mundanos precisamente onde se sente mais confortável, ou seja, o mais perto possível do reino celeste de Deus.

Ao passo que, logo adiante há um silvestre recanto divino tangível a qualquer ser terreno. Ele se chama Parque Városliget, mas também é comumente nomeado de Parque da Cidade.

O Parque Városliget é um cativante refúgio selvagem que é ideal para resfolgar da asfixiante rotina citadina em meio ao verdejante relvado que se estende como um macio tapete, enquanto concomitantemente desfruta do ar puro provindo da miríade de matizadas árvores e contempla o próprio reflexo no límpido lago, embora o pernicioso risco de se transfigurar até Narciso.

Ademais, para embelezar os adornos naturais também ostenta grandiosas edificações da qual o castelo está em especial preeminência, porque literalmente condensa tudo de melhor que há na arquitetura local, por isso apesar de ter sido projetado em papelão e madeira, logo fez por merecer a concretização do seu estado perpétuo. Afinal, ele é um faustoso castelo que mais do que um tributo a honrosa história que lhe antecedeu igualmente se consagra como uma esdrúxula veneração pela posteridade.

Algo que também se aplica a Estátua Anônima que galardoa o desconhecido monge medieval que escreveu o primeiro livro de história húngara, isto significa, que apesar de sua irrelevante nomenclatura não sobreviver a atualidade felizmente a sua meritória contribuição para a humanidade persiste relevante.

Por fim, após um venturoso passeio através da encantadora Budapeste, logo poderá usufruir da deliciosa comida húngara no renomado Mercado Central de Budapeste que desponta no horizonte em toda a sua grandiosidade salientando de sobremaneira o teto caprichosamente decorado com ladrilhos coloridos o que confecciona uma fidedigna pintura popular, talvez para acentuar a arte que também espera o viajante no interior.

Em suma, Budapeste é distinta, esbelta e simplesmente inesquecível, sendo assim um precioso destino para sempre conservar na mente.

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