Fascinante Sintra
Fascinante Sintra
Sintra
sempre esteve presente na vasta história portuguesa e desde os primórdios
concedeu os mais primorosos contributos seja sobre a influência romana,
muçulmana ou tardiamente na áurea época em que Portugal não só desbravou mares
desconhecidos, mas deixou toda a humanidade um pouco mais portuguesa.
Tendo
em vista, todo este esplendoroso passado uma cativante maneira de se debruçar
sobre a milenar história de Sintra é se deter nos diversos palácios que mais do
que arquiteturas divergentes contam a sua própria história que pode já ter
encontrado o seu desenlace, mas este certamente reverbera no presente dando a
este os belos contornos que desfrutamos.
Enquanto,
era cobiçada pelos cruzados e estimada pelos muçulmanos foi erigido em Sintra o
Castelo dos Mouros, uma grande fortificação pedregosa que do alto do cume estendia-se
a própria cidade até ser envolvida pelo apaixonante mar com quem os portugueses
sempre mantiveram uma relação de respeito e fascínio.
Celeremente,
o Castelo como todo Portugal através do bravo rei D. Afonso Henriques se transforma
em território desta nova nação que impõe a sua vontade com tanto afinco e fé
que até Nossa Senhora tranquiliza os receosos cavalheiros, pois os mesmos
tinham pela frente o árduo encargo de vigiar o Castelo dos Mouros e consequentemente
Albernoz, um temido chefe mouro de Colares, que possuía fama de matador de
cristãos. Ela em sua áurea divina profere que ‘’ não tenhais medo porque ides
vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte ‘’.
O Palácio de Monserrate também remonta a longínqua época do fundador de Portugal e, após sucessivas reconstruções fruto dos diversos donos que deixaram a sua assinatura nesta bela obra de arte o palácio encontra o seu apogeu junto com o célebre Romantismo. Entre tantas figuras da elite artística que perpassam estes requintados salões, acredito que o grandioso George Byron, ou melhor, lorde Byron mereça um maior destaque por figurar entre um dos mais notáveis expoentes literários da Europa.
Ademais, para fazer jus a suntuosidade do Palácio de Monserrate, devo discorrer sobre os seus estonteantes jardins que parecem sintetizar toda a diversidade vegetal do mundo. Quando caminho entre as mais exóticas espécies de plantas e vislumbro as mais vigorosas cores que se entrelaçam na emaranhada pintura natural, sinto como se estivesse diante de um bosque cosmopolita, onde encontro contribuições de todas as partes do mundo.
Também existe o histórico Palácio Nacional de Sintra facilmente reconhecível pelas elevadas chaminés, entretanto, embora ele seja deslumbrante e requintado pelos anos dourados em que foi construído, quando as Grandes Navegações encontram o seu magnífico auge. Acredito que seja ainda mais extraordinária os feitos que ele conserva entre suas paredes ricamente adornadas, afinal recordemos que nestes cômodos esteve encarcerado D. Afonso IV cujos passos ainda se pode distinguir e até se desconcertar com a angústia de um rei que definha nove anos pela perversidade da própria família, assim como D. Sebastião escutou o próprio Luíz Vaz de Camões ler “Os Lusíadas” antes de desaparecer no Marrocos, algo que me faz crer que se ele porventura vier reclamar o trono que lhe pertence, ele irá preferir irromper neste abastado palácio que já chamou de lar.
O mais contemporâneo palácio, também se faz digno do título de mais extravagante. O Palácio Nacional da Pena é simplesmente único e, por isso arrebata tão intensamente qualquer transeunte que meramente lhe entreve. Ele é colorido e impactante quase uma miragem feérica para quem lhe vê despontar no horizonte junto com os seus rebuscados detalhes matizados que contribuem para que ele seja uma impressionante pintura repleta de personalidade. Algo, excentricamente belo e singular se Morfeu abdicasse do reino dos sonhos, onde exerce a sua soberania certamente ele escolherei o Palácio da Pena como perfeita substituição. Além disso, não me escapa da mente a persistente convicção de que, embora afirmem que o arquiteto idealizador do monumento seja o barão de Eschwege, tudo me remete mais a uma idônea personificação dos mais esplêndidos devaneios de Van Gogh.
Por fim, irei me delongar sobre outro tesouro
de Sintra, se bem que este não se aprecia com a visão, entretanto com o
paladar. As queijadas e travesseiros de Sintra são tão imperdíveis quanto qualquer
outro monumento e não só pelo caráter único do sabor, todavia pela sua
indubitável qualidade. Caso, desejem provar estes magníficos manjares recomendo
a Casa Piriquita que em seu aconchegante ambiente oferta os mais deliciosos
doces.
Se Apolo idolatra Lisboa logicamente Ártemis venera Sintra que os celtas assim nomearam para a sua devoção. Mas, apesar das discrepantes opiniões dos gêmeos Sol e Lua, tenho a absoluta certeza de que não há ninguém que possa resistir aos encantos de Sintra.
👏 Emociante .Parabéns
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirPost repleto de história e detalhes para quem deseja conhecer Sintra que de Lisboa bastam uns 40 minutos para se chegar até a Vila ou para quem já conhece saber dessa história ,relembrar e ficar ¨viajando¨ junto a descrição . . obrigada escritoravictorianogueira porque se existe lugar que se aproxima dos contos de fada, é esse tão bem retratado por ti neste post.
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ExcluirCumprimentos Vitória. Lindo texto!!!
ResponderExcluir❤️
ExcluirMaravilhosa história. Parabéns! Sem conhecer Portugal, mas, com uma simpatia muito grande por este país, através da leitura, adorei conhecer e passear por Cintra, ver as lindas paisagens. Emocionante!
ResponderExcluirAlegre por ser capaz de compartilhar este encanto que possuo por Portugal!
ExcluirParabéns ! Tuas descrições nos transportam a Sintra. Sucesso como historiadora, escritora e o que mais quiseres...talento de sobra!!
ResponderExcluirFico lisonjeada e muita feliz que tenhas apreciado
ExcluirÓtimo relato , me sinto como se estivesse no local , viajando pela leitura
ResponderExcluir❤️
ExcluirAdorei o post, estou planejando uma trip e assim já consigo me nortear um pouco
ResponderExcluirFico feliz por ajudar a conhecer este esplêndido lugar
ExcluirConfesso que mal terei tempo para Lisboa, mas agora quero ver Sintra também... Que dilema bom
ResponderExcluir❤️
ExcluirExcelente definição, Sintra é mesmo fascinante.
ResponderExcluir❤️
ExcluirSintra é seus lindos castelos.
ResponderExcluirTão belos quanto históricos
ExcluirAmei o texto.
ResponderExcluirGrata!
ExcluirCastelo da Pena, um lugar único.
ResponderExcluir❤️
ExcluirSintra realmente fascina aos que tem a oportunidade de conhecer.
ResponderExcluirUm privilégio conhecê-la!
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