Budapeste - A faceta vanguardista de Peste
Budapeste - A faceta vanguardista de Peste
Budapeste é a
harmônica fusão de Buda e Peste que constituem uma esplendorosa capital cuja
menção meritoriamente é indispensável, quando em voga o Leste Europeu.
Certamente, devido ao desvelado caráter integral que muito deve a milenar Buda
medieval, conquanto também a moderna Peste.
Ambas são essencialmente discrepantes, apesar de oriundas do mesmo berço como os gêmeos Apolo e Ártemis que aparentam ser antíteses fadadas a reciprocamente se repelir, no entanto, isso é mais complexo do que se infere. Tendo em vista que o dia e a noite não são opostos, entretanto, o mais perfeito arranjo, por isso os irmãos não digladiam por supremacia, mas antes belamente perpetram a eterna dança celeste.
Peste
é a contraparte jovial da vetusta Buda onde o porvir langorosamente se assenta,
destarte se o primogênito preserva um deslumbrante castelo, logo o caçula, quase
um benjamim do futuro, resguarda o parlamento.
O Parlamento de Budapeste é
erigido nas margens do Danúbio em que no outrora a própria cidade foi
concebida, mas agora defronta o nascimento de um contemporâneo sistema político
para contemplar uma cidade inerentemente pertencente a atualidade.
O Parlamento de Budapeste encara o
Castelo de Buda com certa reverência o depreendendo como um honorável precursor
jamais obsoleto, mas hoje restringido a uma atribuição emblemática.
Enquanto, ele além da incumbência prática também resplandece como uma vivaz obra de arte que o envaidecido Danúbio replica perenemente em seu límpido espelho aquático ou, quiçá seja o próprio parlamento que se enamora pelo respectivo reflexo tal qual Pigmalião que se apaixona pela perfeição feérica da própria criação.
Entalhado esmeradamente pelos
mesmos artesões olimpianos que ergueram o Monte Olimpo e tingido para que em
toda a sua extensão sobressaia os alvos ornamentos que contrastam com as
cúpulas escarlates, ao passo que durante o perseverar da escuridão todo o
monumento se transfigura para o mais faustoso farol da humanidade rivalizando
com o extinto de Alexandria. Assim como, o dia complementa à noite, creio que o
Parlamento de Budapeste só seja devidamente apreciado quando se inteira de sua congênita
dicotomia.
Ele que conserva a coroa do
primeiro rei húngaro no aposento central onde está a cúpula mais espetaculosa,
porque embora o invólucro seja vanguardista toda a estrutura está
apropriadamente assentada no exuberante pretérito consagrado.
Tal monarca foi imortalizado pela alcunha de Santo Estevão da Hungria, ou seja, o seu renome transcende o próprio governo insólito entremeando igualmente o sacro legado, portanto é congruente que uma basílica também seja fundada para honrá-lo.
A Basílica de Santo Estevão é imponente tanto no exterior em que prorrompe como uma pérola dentro da ostra arquitetônica que se empenha maravilhosamente para lhe fazer jus, enquanto o vívido interior sarapintado onde todo o mármore, bem como a miríade de pedras preciosas se subjugam ao talante humano para se transmutar em uma arte celestial semelhantemente sublime, conquanto o único adorno verdadeiramente sagrado seja a mão direita da célebre personalidade húngara que originou um país e o ornamentou com a fé com que já estava ataviado.
Apesar, do cristianismo desde os
primórdios ser a principal Moira tecendo a existência europeia nem tudo se restringe
ao seu poderio o que, aliás, é espetacular, porque o colossal mosaico da
humanidade é composto por milhares de divergentes fragmentos que são desconexos
quando afastados, mas uma preciosidade quando unidos.
Os judeus não usufruíram de paz
desde que foram condenados a vagar como prófugos e forasteiros onde quer que
estejam, não obstante, compreendem o que significa união, por isso resistem e
prosperam contra qualquer expectativa de ruína.
Afinal, eles são um povo de sobreviventes e também de devotos artistas o que elucida tudo a respeito da Sinagoga de Budapeste que compendia tudo que há de melhor acerca da arte e cultura judaica.
A segunda maior sinagoga do mundo é magnificente, singular e meramente inesquecível, por conseguinte, uma relíquia que perdurou aos massacres nazistas para fulgurar esperança e beleza para toda a Hungria, Europa e talvez todo o resto do mundo.
Budapeste é multifacetada como Hécate e, por fim, é um deleite desbravar cada cativante detalhe de uma antiga cidade que ousa ser inovadora entendendo que o amanhã é como uma fênix, ou seja, um infindável renascer das cinzas de ontem.
Parabéns!!!👏👏👏
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ExcluirEscritora Victoria sempre impecável teu trabalho!!!!
ResponderExcluirGrata!!!
ExcluirGenial seu texto
ResponderExcluirObrigado!!!
ExcluirAdorei esse parlamento, muito imponente
ResponderExcluir❤️
ExcluirParabéns, Vitória, acho especialmente pertinente o comentário sobre a importância judaica na história europeia um povo que já foi e continua sendo discriminado
ResponderExcluirConcordo plenamente
ExcluirParabéns 👏👏👏👏
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ExcluirGostei muito da forma carinhosa como cada monumento foi mostrado. Sucesso assim terá um futuro brilhante
ResponderExcluirMuito enternecida pelo carinho!!!
ExcluirUma cidade há pouco desconhecida agora já é uma das minhas preferidas. Agradeço por me apresentá-la
ResponderExcluir❤️
ExcluirLIndo, sensível ,fantástico! Onde a alma da escritora coloca peculiaridades que tornam o texto simplesmente maravilhoso!
ResponderExcluir❤️
ExcluirFantástico, encantador a forma como descreve a cidade
ResponderExcluir❤️
ExcluirAmei, tudo é feito de uma maneira única que deixa a marca registrada da escritora nítida
ResponderExcluirEncantada por conseguir transmitir todo o amor pela literatura que nutro
ExcluirEncantador....
ResponderExcluir❤️
Excluir🙂🥰
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ExcluirAmei👏👏👏
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